Especialistas do setor de segurança da informação no Brasil estão preocupados com o aumento de sequestro de dados de empresas brasileiras. Apenas em 2015, a procura de vítimas de ataques virtuais por soluções da empresa E-TRUST mais do que dobrou. Isso mostra que os usuários estão se sentindo vulneráveis, procurando alternativas que lhes protejam de ataques cibernéticos.
Cerca de 20% das empresas brasileiras apontaram os atos de organizações criminosas como fontes de incidentes de segurança, segundo a 7º Pesquisa Global sobre Crimes Econômicos da PWC (PricewaterhouseCoopers), divulgada em agosto desse ano. Isso faz com que o Brasil fi que na terceira colocação entre os países com os maiores índices de sequestro de dados.
De acordo com Dino Schwingel, CEO da empresa E-TRUST, um dos motivos para o crescimento desses ataques é a mudança na estratégia dos hackers, que diminuíram o valor de resgate e aumentaram o número de alvos. “Até um ano e meio atrás, os criminosos exigiam valores altos para a devolução dos dados, sendo que na maioria das vezes as vítimas não tinham recursos para pagar a chantagem e arcavam com os transtornos de um sistema bloqueado. Percebendo que estavam perdendo tempo e dinheiro, os hackers começaram a diminuir drasticamente os valores de resgates. Então o que antes era prejuízo virou algo lucrativo, porque a vítima passa a pensar o que é melhor: pagar este valor baixo e recuperar todos os dados ou ter que formatar o computador e perder todas as informações sigilosas”, explica.
Hoje, as ameaças digitais estão mais sofisticadas, diferente de antes, por exemplo, quando um e-mail desconhecido era enviado com um link suspeito, de acordo com os dados, 62% dos casos relatados geraram prejuízos maiores que US$ 100 mil para as empresas. “Para um ataque ser bem sucedido, bastam algumas horas. Mas, para a empresa perceber esse ataque, pode levar meses, ou até anos”, explica Fernando Carbone, diretor de Forensic Technology Services da PwC Brasil, na 7º pesquisa Global sobre Crimes.
A dica para as empresas ficarem salvas de ataques é deixar os dados e sistemas protegidos por um antivírus atualizado e, também, realizar cópias de dados confidenciais, os chamados backups, em drivers externos (ou seja salvar fora da máquina).