Uma pesquisa inédita realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), no período entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016 com 500 médias e grandes empresas, mostrou que 71,6% das indústrias dão muita importância a saúde e ao bem-estar de seus colaboradores. E a tendência é de que esse número aumente nos próximos cinco anos.
Ações de incentivo à prática de esportes, boa alimentação e abandono de vícios como o cigarro por exemplo, além de campanhas de conscientização para o uso correto de equipamentos de segurança e proteção individual (EPIs), que fazem parte dos projetos de promoção da saúde e bem-estar implantados nas indústrias, são benéficas tanto para o funcionário quanto para a empresa, pois aumentam a capacidade de produção e trabalho dos colaboradores e reduzem drasticamente o número de acidentes de trabalho, a exemplo da empresa Voith Hydro, de São Paulo, que em 2007 iniciou a capacitação líderes em gestão da segurança no trabalho para supervisionar e orientar os trabalhadores para essa questão, e conseguiu reduzir de 25 para 2 acidentes por mil horas trabalhadas nos últimos anos.
Outro exemplo de empresa que investiu no bem-estar de seus funcionários e obteve bons resultados foi a Coteminas, do setor têxtil, que implantou ações de reeducação alimentar e campanhas de incentivo a pratica de esportes e combate ao tabagismo. “Além da melhoria do ambiente de trabalho, com essas ações conseguimos reter talentos”, relata o gerente de Recursos Humanos e Gestão da Qualidade da empresa, Iran Cosme.
Os projetos de incentivo à saúde e ao bem-estar implantados no ambiente de trabalho proporcionam, além de uma melhor qualidade de vida para todos, uma maior integração entre os funcionários da empresa. Colaboradores de diferentes setores e níveis hierárquicos se unem para a prática de uma atividade, e com isso, consequentemente acabam gerando um ambiente de trabalho mais harmônico e descontraído, o que é muito bom para a instituição.
Essas ações promovidas pelas empresas são vistas hoje como um investimento, e não como um custo a mais para a instituição, pois com uma melhor qualidade de vida dos seus funcionários, a produção aumenta significativamente e o custo com planos de saúde, tratamentos médicos e pagamento de indenizações por acidentes de trabalho caem. Com isso diminui também a rotatividade dos profissionais, que se sentem mais dispostos, satisfeitos e motivados no seu ambiente de trabalho.